Ela é poente
“Debruçada na janela.
Debruçada na janela.
Ela sentia o frescor da sombra chegando naquela tarde de primavera. Ver o sol cansado no horizonte, dava-lhe a certeza que seria a última vez que estariam juntos e ela não queria isso..
Ela sabia que aquele momento era para ser único e que nada ia durar mais do que devia, como uma missão a cumprir e cumprida, mas ela não queria isso..
Ela não queria ver a noite cair, aquele cobertor de estrelas que ela amava passar horas e horas vendo e criando objetos, mas ela não queria ver a noite chegando como a escuridão dominando tudo deixando um breu em nossos corações.
Ela sabia que não pertencia a ninguém e por isso ia partir para nunca mais voltar, mas ela não queria isso..
Debruçada na janela.
Ela sentia a brisa úmida da tempestade chegando era um final de tarde de verão, o vento acariciava seus cabelos negros e seus olhos grande se viam fixo para onde ela devia voltar nem tão perto e nem tão longe, apenas para o amor, mas ela não queria isso..”
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