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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

A coruja e a lua

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    O esplendor da lua cheia refletia nos grandes olhos da pequena coruja, que observava apaixonada da copa da árvore. Seus pais haviam saído para caçar, deixando-a responsável pelos irmãos mais novos. Porém lá estava ela, encantada com a formosura que brilhava no céu escuro. Se ao menos soubesse voar, lançaria seu corpo nas correntes de ar e deslizaria até a lua, que a aguardava solene. Mas ainda era muito nova e suas frágeis asas não suportavam o peso do seu franzino corpo. A tristeza engolfou seu coração e ela lançou um pio melancólico ao luar. Como resposta a lua rutilou com mais força trazendo fortes raios que tocavam suas penas e faziam-nas brilhar numa brancura etérea. Seu coração começou a pulsar com força e o desejo de alcançar a lua lhe ardia o peito, ela não aguentou. Abriu as longas asas e jogou-se no vácuo à sua frente. Dois segundos voando e com a leveza de uma pedra ela afundou na escuridão. Suas asas batiam desesperadas tentando mantê-la no ar, mas e

Sensações

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Já tive a sensação de felicidade misturada com tristeza, Já achei que estava completamente feliz quando na verdade eu chorava escondida... Já acreditei que eu seria feliz até descobrir que a felicidade não passava de uma impressão... Já chorei de tristeza, mas depois, descobri que realmente estava feliz... Já achei mil coisas ruins... Mas, eram mil coisas boas. No entanto, descobri que a mente não passa de uma grande armadilha.

Não foi por nada

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Ontem pensei em você até não suportar mais E você sabe onde estou agora? Bem perto do seu coração... Sentindo ele bater, ele pulsar.. Cadê você? Vem me amar assim como precisamos! Não deixe esse amor pra depois. A vida é curta... Você mesmo me diz: Seja feliz nesse momento! Cadê você? Não deixe-me partir Pois já voei nas alturas nesse amor.   

Doce infância que se foi...

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  Lá ia ela trajada como a mamãe gostava, seu vestido de boneca estampado de florzinha e surrado pelo tempo, presente da bisavó que não existia mais, cabelos presos ao vento por duas fitas e sapatinho no pé, simples mas mostrava o quando era cuidada pela mamãe e a vovó.  Um dia brincava como todos os outros fim de tarde de verão  na área de sua casa com velocípede que trazia três fitas de cada lado do guidon, e com ele percorria toda a pequena extensão em forma de infinito imaginário indo muito além do que podia acreditar.. pensamentos livres, risos, gargalhadas, tudo podia e fazia sentindo... e a graça de conversar, explicar suas brincadeiras, suas invenções, menina solta, menina presa, corre, pula, canta e assovia, anda e canta, anda e anda...  No final daquele dia, ironicamente ou propositalmente,  aceitou o doce que o lobo mal trazia em uma de suas mãos, seus olhos brilhantes e saltantes, sua expressão faminta, dizia ter o  doce mais saboroso do mundo, o gosto vestia as in