Caixa registradora de sentimentos
Rio Claro, 24 de Julho de 2010.
Escrevo a vida, ao passado vivido e lembrado.. aos meus medos, as minhas alegrias.. escrevo para pecar usando palavras escrachas e infames.. escrevo ao meu amor que nunca deixa de se deitar comigo e de rondar meu bem estar enquanto durmo.. escrevo sob influência da luz, da lua e das estrelas porque são elas grande fonte inspiradora pra mim e para todos os enamorados.. escrevo para delirar de amor, quando ele não me abraça.. escrevo para as pessoas que passam e as que ficam na minha vida.. escrevo influenciada pelas obras mais trágicas que a literatura brasileira pode nos expressar, ainda mais, quando leio sob olhos de menina.. escrevo para elogiar, para criticar, para contar casos.. escrevo pelo simples fato de ver meus dedos trabalhando frenéticos e compulsivos atrás da escrita dinâmica.. escrevo simplesmente, por escrever.. se escrever é registrar a imaginação.. registro em cada palavra e frase concluída
"Penso que ser.. poesia é dedicar-se como a leveza que toca a mão do maestro..
Como o pintor que encanta com as cores..
Como a gota de orvalho em equilíbrio na planta mais sensível..
Escrever é expressar todo sentimento enraizado na alma."
Viu, como funciona?
Tão simples assim, pela vontade!
Escrevendo agora.. lembrei-me de passagem.. dos meus cadernos na época escolar que sempre traziam algum pensamento escrito, as vezes isso, era pego por outro aluno e divulgado de forma ridicularizadora, atitudes assim, sempre me incentivava ainda mais.. assim, fui deixando de andar com grupos mais pop da escola e entrosando com outros tipos de pessoas aquelas que não questionavam vaidade e sim o conhecimento.
Um pouco mais adiante.. meados de fim de ano.. troca de série, conheci uma professora que adorava as coisas que eu fazia e que ia lecionar pra mim ano depois.. uma professora muito querida chamada Sandra, professora da nossa Língua Portuguesa, que é linda e romântica por natureza. Essa professora me incentivava muito, me dava dicas e principalmente, pelos desenhos que eu fazia no final de cada redação ou pelos desenhos que se destacavam nas aulas de Educação Artística, e que ela comentava por serem polêmicos pela idade, agressivos ou delicados e suaves demais..
Nesse momento, encontro-me saudosamente em algum lugar do tempo, pois acabo de sentir o doce e delicioso cheiro do leite com chocolate que a escola fazia..
Oh, época boa guardada e arquivada na minha lembrança.
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